A reserva de emergência (ou reserva financeira) é um dinheiro guardado ao longo de um tempo para cobrir despesas fixas em casos de possíveis imprevistos, por exemplo, o desemprego.
Como a educação financeira anda a passos largos no Brasil, muitas pessoas ainda sofrem para pagar as contas, principalmente em casos de emergência.
Segundo pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) divulgada em outubro de 2019, metade dos consumidores brasileiros precisaram recorrer ao crédito em um mês. Além disso, 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento.
Isso significa que além das pessoas não estarem guardando dinheiro, elas estão cada vez mais se afundando em dívidas.
O ideal é começar aos poucos. E um dos primeiros passos é criar uma reserva de emergência. Confira a seguir:
O que é uma reserva de emergência?
Em um cenário que infelizmente foi bastante comum na pandemia, imagine que um dia acaba acontecendo um corte de funcionários na sua empresa e você perde o emprego. Você teria dinheiro para pagar as suas despesas fixas até encontrar um novo trabalho?
Esse é o intuito da reserva de emergência, que você tenha um valor equivalente a determinado número de meses do seu custo de vida guardado em uma aplicação segura, conservadora e de fácil retirada para momentos de necessidade ou imprevistos diversos.
Outros tipos de emergência, além do desemprego: uma cirurgia que o plano de saúde não cobre, um vazamento na casa, carro quebrado, manutenções de aparelhos, atendimentos veterinários de urgência para seu pet, etc.
Esse valor é que vai te proteger de fazer dívidas e acabar gastando mais ainda por conta dos juros. Por isso, dizemos que a reserva de emergência deve ser o primeiro investimento de qualquer pessoa.
E como montar uma reserva financeira?
Agora que você sabe o que significa, é hora de entender o passo a passo para montar a sua reserva.
Mas antes, é preciso criar o seu planejamento financeiro. O primeiro passo é organizar as contas e entender o quanto você ganha de fato (descontado os impostos) e o que você gasta (inclua aí os gastos fixos, como aluguel, energia e etc e os gastos variáveis, como cartão de crédito).
Na medida em que você sabe exatamente como gasta o que ganha, fica mais fácil de planejar suas finanças e cortar custos desnecessários. E essa conta vale tanto para o seu plano pessoal quanto para os custos da família.
O próximo passo é definir uma meta de valor para poupar todo mês. E essa meta tem que ser realista e de acordo com as contas que você fez e do que de fato vai sobrar de dinheiro.
Outra coisa que também é considerada é o nível de empregabilidade. Quanto mais estável a profissão menor precisa ser a reserva. A exemplo de funcionário público podem ter reserva menores, somente pensando em situações inesperadas de gastos, mas de raramente perdem renda, Por outro lado, pessoas que dependem de comissões de vendas precisam ter reservas maiores.
Sabendo o seu custo de vida, você consegue se organizar financeiramente. Em resumo, o ideal para a reserva de emergência é de pelo menos 6 meses do seu custo de vida.
Ou seja, supondo que você precisa de R$ 3 mil ao mês para se manter com conforto. Neste caso, seu fundo precisa ser de 6 meses: R$ 18 mil no total.
Mas é claro, o valor varia caso a caso, considerando o que você considera essencial nas suas despesas.
Então, de forma resumida, o ideal é seguir os seguintes passos:
1) Entender os seus gastos e elaborar o seu orçamento financeiro
2) Saber seu custo de vida e o quanto você precisa ter para viver tranquilamente por no mínimo 6 meses
3) Estabelecer uma meta para guardar dinheiro todo mês para a reserva de emergência. Você pode começar com um valor baixo, 10% da sua renda, por exemplo. O importante é começar e manter esse hábito de guardar dinheiro!
Onde aplicar a reserva de emergência?
A reserva deve ser aplicada em produtos com baixo risco (sem risco de desvalorização) e alta liquidez (que possam ser resgatados no mesmo dia, se necessário). O objetivo da reserva não é ter ganho de capital significativo, como se busca no mercado de ações, por exemplo, mas proteger o capital da inflação.
Veja exemplos de produtos que normalmente são indicados para reserva de segurança:
- Fundo de Renda Fixa ou multimercado
- CDB de liquidez diária
- Títulos públicos do tipo “Tesouro Selic” (antiga LFT)
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