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Impacto Social: A inclusão financeira não é, e está longe de ser só bancarização

Ao abordarmos o assunto impacto social, é impossível não falarmos das questões financeiras e da grande diferença de classes que existe no país.

Na implementação do auxílio emergencial houve uma comemoração da Caixa Econômica, responsável pela execução da distribuição, em ter aberto mais de 50 milhões de contas e bancarizado uma parte importante da população.

Sendo que parte dessas pessoas não eram reconhecidas ainda pelo governo e foram chamados de “os invisíveis”.

O que significa a bancarização para o impacto social?

Do ponto de vista de processo de fato foi um grande feito. Mas, mais que ter dado acesso a alguns poucos serviços bancários, não seria o momento de dar inclusão financeira a eles? 

Desde 2013, o Banco Central denomina inclusão financeira como acesso, uso e com qualidade de Cidadania Financeira. Ou seja, nome que indica como políticas de inclusão estão associadas para efetivar o direito. 

As classes CDE são mais de 130 milhões de brasileiros com baixa inclusão financeira. Em relatórios do BC mais de 57% afirmam ter conta bancária, mas apenas 7% usam mais de uma vez por mês.

O impacto da baixa renda no país

Mais de 37% ainda recebem a remuneração mensal em espécie e 65% dessas classes ainda usam as casas lotéricas como principal meio de acesso ao sistema. Sendo que os principais motivos seriam desconhecimento ou desconfiança do meio digital. 

85% dos CDEs não tem nenhum acesso a forma de crédito. Sendo que deste grupo 41% perdeu por terem sido negativos, consequência em boa parte por educação e planejamento financeiro. Ou os outros mais de 50% que não tem uso ao sistema bancário e por consequência sem histórico o suficiente. 

As famílias de baixa renda enfrentam dois grandes desafios quando o assunto é planejar e poupar: existe uma enorme variação de renda, devido à informalidade. E também a má gestão do orçamento familiar e acesso ao crédito.

Nessas famílias apenas 5,9% conseguem poupar para a velhice. Recordando que quase 65% são informais e não terão acesso à previdência social. Além do desafio do próprio governo de viabilizar financeiramente o INSS para daqui 20 anos. 

As diversas partes da sociedade como bancos, governos, fintechs, classes CDEs, classes ABs etc.

Precisarão enfrentar esses desafios e propor meio de acesso a inclusão financeira através de meios digitais e físicos, como também o bom uso através de educação financeira.

A sociedade precisa encontrar meios sustentáveis mirando em um futuro de menor desigualdade, e isso sem dúvida passa pelo assunto das finanças.  

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Sucesso a todos! 

Ricardo Hiraki Maila.

Sócio-fundador Plano.

Fontes: Aspen Network of Development Entrepreneurs ; MetLife Foundation ; 

Banco Central

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